quarta-feira, 30 de maio de 2012

Festa Brasileira

Na minha viagem à Lille esse mês, para comemorar o aniversário da minha amiga, fomos a uma festa brasileira. No início teve um documentário sobre Lampião e em seguida uma apresentação de uma banda de choro e algumas apresentações de dança. Diria que menos de um terço das pessoas presentes eram brasileiras, mas a grande maioria eram pessoas admiradoras do Brasil, não sei se por ser exótico ou por realmente conhecer e gostar da nossa cultura.
Banda "Choro Braseiro"
Sempre recebo um sorriso quando digo que sou brasileira, e depois vem uma frase relativa a algum cantor, as cidades que a pessoa conhece ou gostaria de conhecer no Brasil, ou qualquer referência ao futebol. E essa  festa parecia ilustrar bem tudo isso.
O documentário, feito por franceses, sobre Lampião foi bem interessante, mesmo sendo bastante amador e pra quem não falava português as legendas não conseguiam traduzir realmente o que aquelas pessoas simples com linguagem extremamente regional diziam. Em seguida, a banda " Choro braseiro" foi ótima , mostrando o que nossa boa música tem pra oferecer, a banda é composta por três brasileiros e dois franceses, cantando músicas que nunca envelhecem. Uma delícia escutar a Aquarela do Brasil, flor de lis entre outras tantas que sempre me emocionam.

Em seguida começaram algumas apresentações de dança, frevo , forró, axé e tudo mais. E nessa hora comecei a ficar incomodada, talvez por achar tudo muito caricato. Ao assistir a apresentação de uma dançarina , ao som da música de Daniela Mercury que diz " a cor dessa cidade sou eu..." , que requebrava até o chão e passava a música toda parecendo dançar "na boquinha da garrafa". Aquilo não me agradou, mas pareceu agradar as outras pessoas, escutei de outro brasileiro que aquilo parecia show de calouros.
     Parei pra pensar porque aquilo tinha me incomodado tanto, talvez por querer que só as coisas que eu acho que vale a pena seja vista por lado de fora, pelo mesmo motivo que me incomodo que Michel Teló e Gustavo Lima façam tanto sucesso por aqui. E me dei conta que aquilo também fazia parte da nossa cultura, e mesmo sem gostar as outras pessoas gostam. Representar uma cultura tão grande como a nossa, sem ser caricato e pontual é impossível.  Ver brasileiros fazendo música boa no exterior me alegra, saber que além de Michel Teló eles conhecem Chico Buarque, Lenine e outros tantos me deixa muito feliz.
      E assim quando me perguntam "Como os franceses são?" nunca consigo responder, pois são pessoas muito diferentes umas das outras,  fazem, gostam e se comportam de maneiras diferentes, que escutam de hip hop a jazz. Imagine quando falamos de um País do tamanho do Brasil, país que tem o tamanho de quinze Franças. O Brasil é tudo isso mesmo e muito mais.


sábado, 26 de maio de 2012

Ser Chique

Não gosto muito desse termo, ser chique, na minha cabeça sempre esteve associado a algo esnobe e desnecessário. Nunca estive por dentro da moda e conheço o básico da etiqueta. Mas depois da mudança esse termo é sempre citado pra minha pessoa. Acredite, não tem nada de chique  em morar em outro país!
Talvez exista esse pensamento pois as pessoas que não atravessaram o oceano acabam idealizando e fantasiando, eu mesma fiz isso. O interessante é a experiência, conhecer novos lugares e culturas. É interessante e divertido, mas nada de chique. A vida muda mas fica exatamente igual, os afazeres domésticos são os mesmos em qualquer lugar.
E quanto as viagens, antes quando eu ia pra Maceió, que fica a aproximadamente 300 km de Aracaju, nunca tinha escutado que escutado o quanto eu era chique. E só foi eu dar um pulo em Bruxellas, que também fica a quase 300 km de onde eu moro agora, escutei varias vezes o quanto era chique.
Viver de bolsa não é chique, nem morar num apartamento de 50 m², lavar pratos e roupas ou qualquer outra coisa que faça parte da rotina de qualquer pessoa que não tenha empregada, nem viver longe de amigos e família. Isso não é uma reclamação, apenas uma constatação.
E realmente continuo fazendo questão de não ser chique... Continuo mais ainda por fora da moda, e tenho a impressão que as pessoas normais por aqui também não se ligam muito nela, isso me deixa extremamente confortável. Talvez ainda tenha que aprender algumas coisas de etiqueta pra oferecer jantares ou algo assim. Mas por enquanto sigo sem me sentir chique e gostando disso.



"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver” Amyr Klink

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Disneyland

Nunca fui muito fã de parques, mas sempre fui fã da Disney. Desse modo, o park da Disney em Paris já estava na minha lista esperando a oportunidade, e com a promoção de aniversário, onde o aniversariante não paga e nesse cado o aniversariante era Jânio.
Como são dois parques: O parc Disneyland e O parc Walt Disney Studios. Escolhemos um pra ir agora e o outro ficaria pra junho, no meu aniversário. Então fomos pro Walt Disney Studios, no caso era o menor parque, mas só soubemos disso depois. Mas me pareceu uma boa ideia começar do menor, pois o encantamento fica em ordem crescente.
Passar um dia no parque é um dia que se tira com um único objetivo: se divertir. Então melhor não se estressar com as longas filas ou com os preços altos das comidas. E meu objetivo foi realmente alcançado, andar de montanha russa, ver a maioria das atrações e me dar meu direito de me encantar e voltar a ser criança. Claro, que preferi não enfrentar algumas filas, como pra tirar foto com o Mickey ou com o Pateta.
E lá fomos nós pra Torre do Terror, Montanha russa do Aerosmith, Entramos na corrente Sul do Pacífico com o Crush do nemo e há tempos não tinha injetado tanta adrenalina na veia.
Foi um dia muito agradável, cheguei em casa exausta mas feliz como qualquer criança que tinha passado o dia no parque com seus personagens e filmes favoritos. E em junho tem a segunda parte, com direito ao castelo da bela adormecida e o barco do Piratas do Caribe,